quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Mulheres Autossuficientes


Autossuficientes, as mulheres – no mundo criado por elas – não abrem mão do contato físico com um parceiro; querem legar às filhas os valores morais caracterizados por respeito ao próximo e a si mesmas. Nesse mundo, as mulheres não perdem as características femininas como sensibilidade e independência. Além disso, são extremamente valorizadas: serão sempre VIPs, tratadas como rainhas. As palavras mais associadas a esse mundo são equilíbrio, diversão, luxo, união, sustentabilidade, “paparico” e beleza.

Percepção & dilemas

Ø As brasileiras se descrevem como batalhadoras e vencedoras; valorizam o direito de escolha conquistado. Em contrapartida, mostram-se cansadas dos conflitos diários, do desafio de ser uma mulher contemporânea.

Ø Embora assumam diversos papéis diários, as mulheres elegem os filhos como o que mais valorizam na vida. Na prática, o papel de esposa não é tão importante quanto o de ser mãe. É justamente o amor incondicional que desperta o desejo de educar os filhos em um mundo melhor: mais sustentável e menos consumista.

Ø O equilíbrio entre a dedicação à carreira e ao lar é uma grande busca, assim como a preservação da feminilidade. A máxima “mulher tem que ser mulher” resume esse sentimento.

Ø A mulher contemporânea se vê como vencedora, guerreira, autossuficiente, dependente dos homens emocionalmente, amiga, mãe do companheiro, múltipla, sensível, frágil fisicamente e enfermeira.

Ø Elas acreditam que os homens as veem como sexo frágil, dependente emocionalmente e financeiramente, limitada, olham apenas a beleza/corpo, valorizam e respeitam a mulher de hoje.

Ø Entre as vantagens de ser mulher, elegem a possibilidade de ser mãe, fazer compras, ter sensibilidade e intuição.

Ø Nos dilemas, afirmam que não se permitem errar; têm dificuldade em conciliar a carreira, família, estudos e a administração da casa.

Ø As entrevistadas acreditam que as mulheres de hoje são muito mais informadas; as donas de casa, por exemplo, têm mais tempo para ler, ver tevê e buscar informações na internet. Esse nível de informação tem um grande impacto na forma de consumir da família brasileira.

Ø As mulheres se orgulham de a América do Sul possuir duas presidentes, uma vez que o direito ao voto foi obtido por meio do Código Eleitoral Provisório, somente em 24 de fevereiro de 1932.

Ø Os ícones femininos são Dilma Rousseff (poder e vitória); Gisele Bundchen (poder, sucesso e beleza); Juliana Paes (beleza); Hebe Camargo (vitória); Jeniffer Lopez (sedução); Zilda Arns, Glória Pires e Marina Silva (batalhadoras);  Fernanda Montenegro (humildade); e Angelina Jolie e Princesa Diana (altruísmo). Entre outras celebridades admiradas estão Oprah Winfrey, Fátima Bernardes, Ana Paula Padrão, Hillary Clinton – mulheres fortes e femininas.

Ø Entre os desafios apontados pelas entrevistadas estão: ser múltipla; tomar decisões; dividir deveres, não apenas os direitos; e ser menos tolerantes. As entrevistadas revelam que ainda gostam de ser cuidadas.

Ø Na percepção das mulheres, o dinheiro tem que render muito porque não querem esquecer que são mulheres, mães e amigas. Ou seja, com dinheiro podem se “produzir” e ter independência.

Ø As mulheres acreditam que são mais fortes que os homens; competir no mercado de trabalho diretamente com eles faz com que esse sentimento seja mais presente. Por outro lado, as mulheres reforçam a máxima de que “não podem ficar doentes”.

Ø As entrevistadas afirmam que estão em busca da realização profissional como forma de ter mais orgulho perante a família e a sociedade.

Ø Elas se enxergam como seres com responsabilidade, vivência, independência, liberadas sexualmente e que cuidam dos filhos.

Segundo a coordenadora da pesquisa, no final do encontro foi perguntado como seria a bandeira que melhor representaria esse novo mundo feminino; e quais as palavras e adjetivos que definiriam esse mundo. “A bandeira seria desenhada de maneira a mesclar sensualidade e poder. As palavras força e versatilidade foram as mais citadas. A expressão que melhor definiria seria tudo de bom”, afirma Stella Susskind.

Por Stella Susskind - www.shopperexperience.com.br

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