quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Elaboração de Vinhos Tintos


1. UVAS TINTAS


Para se produzir vinhos tintos, são necessárias uvas tintas, pois a cor dos tintos vem dos pigmentos (antocianinas) contidos nas cascas das uvas tintas.

Também nas cascas das uvas tintas existe um componente típico, os taninos, responsáveis pela sensação gustativa de adstringência, ou travo na boca.

Pode-se dizer que quanto mais cor, mais tanino terá um vinho tinto, com ressalva para algumas variedades de menor tanino e para os vinhos maturados (ver abaixo).



2. RECEPÇÃO DAS UVAS





Esteira conduzindo as caixas de plástico contendo as uvas colhidas

Lançamento das uvas
no tanque de recepção



Eixo helicoidal que conduz
as uvas para o desengaçador

3. FERMENTAÇÃO

A fermentação é a reação química que acontece dentro do mosto, transformando o açúcar das uvas em álcool. Este processo pode ser feito em tonéis de madeira ou de aço inox.

Para iniciar a fermentação, utilizam-se leveduras selecionadas (pé-de-cuba). A temperatura de fermentação varia de 25 a 30 ºC, mas atualmente usam-se tanques com temperatura controlada para se obter resultador mais finos e intensos em aromas e sabores.


4. ESTABILIZAÇÃO

Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas (trocas entre recipientes), seguida da análise e correção do anidrido sulfuroso

5. CORTE (ASSEMBLAGE)

Em várias regiões do mundo é comum misturar-se diferentes uvas, em proporções controladas pelo enólogo, com o objetivo de se criar um vinho mais equilibrado e mais rico em características. Esses são vinhos de corte, ou de assemblage (montagem, em francês). A mistura de uvas em nenhuma hipótese caracteriza vinhos qualidade inferior. Exemplos de vinhos de corte tradicionais são os Bordeaux (FR), Valpolicella e Chianti (IT)
Caso o vinho utilize apenas uma cepa ou variedade de uva, ele é chamado de Varietal.

6. AMADURECIMENTO

Os vinhos tintos se beneficiam de um estágio em pipas ou barricas de madeira (preferencialmente carvalho), onde os taninos jovens são 'amaciados' pelo contato com a madeira, diminuindo o tempo necessário para que o vinho fique mais agradável de beber.

O tempo de maturação varia de alguns meses a vários anos, dependendo do vinho, da região e dos objetivos do enólogo.
O padrão de barricas utilizado é o bordalês, de 225 litros. No Brasil, tem-se utilizado barricas de 300 litros.

Dentre as madeiras utilizadas, a mais qualificada é o carvalho francês, o melhor de todos por sua finesse e resultados, em 3 variedades: Tronçais, Limousin e Allier. O Tronçais é o mais fino e valorizado. São barricas muito caras, chegando a 1000 dólares cada. As barricas podem ser reutilizadas alguns anos em seguida, sendo comum acontecer uma mistura entre barricas novas e usadas.

Muito utilizado, o carvalho Americano, vem dos USA. É mais rude, puxa mais para os sabores de madeira verde, se usado em excesso abafa a fruta dos vinhos. Como é mais barato, é muito usado nos vinhos de custo menor.

Uma nova opção, o carvalho Esloveno produz resultado mais fino que o Americano, sendo similar aos franceses menos nobres. Espanha e outros países da Europa estão mesclando esse carvalho, que reduz os custos de produção com resultado superior ao carvalho Americano.


7. ENGARRAFAMENTO



8.ENVELHECIMENTO NA GARRAFA


Duração de 1 mês a vários anos anos, dependendo do tipo de vinho





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