Pode
até soar meio estranho, mas nas caixas de aromas estão as nossas vidas.
Vou
explicar. Os aromas são a nossa história olfativa adquirida em toda a vivência
através das recordações.
Quando
sentimos um “cheiro” ele nos remete a algum momento do passado, nunca do
futuro, porque são memórias adquiridas pelo nosso inconsciente.
Quanto
mais avançamos no conhecimento e na soma da memória olfativa, mais temos
possibilidade de perceber nos vinhos, o que cada aroma representa e assim
podermos definir boa parte da sua complexidade. A Daniella Romano, dos Aromas
do Vinho, se preocupa com isso. Agrupa nas caixas de aromas, os “cheiros” e
define cada um deles, de forma ordenada e bem explicada. São na verdade
pequenos frascos olfativos utilizados para “treinar” nossa percepção.
Além
daqueles que convencionalmente chamamos de referências olfativas, ligadas ás
frutas, e seus aromas primários, há os ligados aos aromas de envelhecimento
(passagem em barricas de carvalho), como os de chocolate, de baunilha e
caramelo, entre outros.
E
neste universo enorme de possibilidades, Daniella também desenvolveu caixas de
aromas com os “Defeitos do Vinho”, oxidação e vários outros. Além de caixas de
aroma de cerveja, whisky, cachaça, entre outros vários materiais de referência,
treino e aprendizado.
Há
ainda o trabalho feito com cartas em braile, para os deficientes visuais e o
Grupo “Ver o Vinho”, grupo formado por deficientes visuais que se reúne para o
aprendizado com as orientações da Daniella.
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