segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O CHAMPAGNE

Para dar as boas vindas a todas as mulheres que farão parte da nossa Confraria Wine, Diamonds and Lipstick, nada melhor do que falar daquele que está presente sempre que alguém levanta uma taça para brindar:


O Champagne

(isso mesmo, no masculino pois trata-se de um tipo de vinho)


Quem de nós não se emociona ao ouvir o som de borbulhas festivas vindo de um flut (taça)? Impossível não associá-lo á algum momento especial, tão especial que fica guardado para sempre em nossa memória.

O champagne tem essa magia, o poder de nos enfeitiçar! Basta ver uma taça cheia para sentir uma vontade enorme de brindar: o motivo? Ah! O motivo nem sempre é relevante, o que importa mesmo é o brinde, o que buscamos é eternizar o momento.

Nem sempre foi assim, o vinho produzido numa região muito fria da França, chamada Champagne tinha sua fermentação interrompida no inverno e quando ainda na garrafa sofria uma segunda fermentação ao entrar em contato com as temperaturas mais elevadas da primavera, e, nesta segunda fermentação formavam-se gases. Isto ocasionava muitos problemas, quando não eram as rolhas que estouravam por causa da pressão do gás eram as garrafas que quebravam, e este vinho não era visto com bons olhos, além do que era doce e muito turvo.

Como responsáveis pela adega os monges Don Perignon e Don Ruinart começaram a estudar este fenômeno e esforçaram-se para que isto não mais acontecesse. Fizeram muitas descobertas que ajudaram a modificar a maneira de fazer o champagne, incluíram o uso de rolhas de cortiça, adotaram garrafas de vidro mais espesso, o que permitiu mais segurança para fazer a segunda fermentação na garrafa.

Outra pessoa que contribuiu para o aprimoramento do champagne foi a viúva que herdou a vinícola do marido, Madame Clicquot (Veuve Clicquot), que descobriu o método para retirar as partículas que se formavam na garrafa. Ela fez vários furos em uma mesa e colocava as garrafas de cabeça para baixo, as partículas ficavam acumuladas no gargalo e depois poderiam ser mais facilmente retiradas.



O champagne é um corte (mistura de uvas) de três uvas, uma branca a Chardonnay e duas tintas Pinot Noir e Pinot Meunier, para que o vinho fique claro, as uvas tintas são vinificadas sem a casca. Os comuns levam pelo menos dois anos para ficar prontos e os especiais em média 05 anos ou mais.

Produzido na região Champagne-Ardenne, cuja capital é Epernay, atualmente é a única região que pode chamar seus vinhos assim, pois eles registraram o nome e portanto só pode ser chamado de champagne os que são feitos aqui. Com isso, mesmo que seja exatemente como ele, não será um champagne se for fabricado em qualquer outra região. Por exemplo, no novo mundo será vinho espumante, ou sparkling wine, na Espanha é o  Cava, na Itália o Francciacorta e nas outras regiões da França, podem ser um Moussant ou um Crèmant.



Em sua grande maioria os champagnes não tem safra, mas quando uma vindima é excepcional, são produzidos os Millésimes, que declaram a safra. Outra classificação é a Cuvée de Prestige, é feito com a melhores uvas que provem de Grand Crus e são envelhecidas por vários anos, é o melhor vinho que a maison pode oferecer. Estes têm uma produção restrita e um preço final muito alto. Eles podem ou não ser safrados e geralmente são batizados com nomes de grandes personalidades, como por exemplo: Cristal, que é o Cuvée de Prestige da Louis Roederer; La Grande Dame ( referencia á Mme Clicquot), Cuvée de Prestige da Veuve Clicquot; Sir Winston Churchill que é o Cuvée de Prestige da Pol Roger; Dom Pérignon é o Cuvée de Prestige da Moet-Chandon. O maior prestígio deste cuvées é o Cuvée de Prestige de dégorgement tardio, são os champagnes monumentais como os da linha Krug Collection ou o Dom Pérignon Oenothèque, da Moet Chandon.

Outra classificação muito importante é a da qualidade dos vinhedos de onde provém as uvas. São chamados de cru.  Quando todas as condições de solo e microclimas são muito boas o vinhedo é classificado de Premier Cru. Mas quando as condições são excepcionais, então os vinhedos são classificados como Grand Crus.



E aproveito para dar umas dicas:

1.    Gele o champagne num balde, complete metade de gelo e metade de água, deixe a garrafa por 40 minutos .

2.    Nunca deixe uma garrafa por muito tempo na geladeira, ela irá perder o gás e a vivacidade.

3.    Preste atenção ao tamanho e quantidade das bolhinhas, quanto menores e em maior quantidade melhor é o champagne.

4.    O tempo que elas duram também indica qualidade, quanto mais tempo, mais qualidade.

5.    Um bom champagne, geralmente terá notas de brioche, pão tostado, amêndoas, além do aroma de maçã verde.





Cheers...


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