segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os aromas do vinho


Pode até soar meio estranho, mas nas caixas de aromas estão as nossas vidas.


Vou explicar. Os aromas são a nossa história olfativa adquirida em toda a vivência através das recordações.


Quando sentimos um “cheiro” ele nos remete a algum momento do passado, nunca do futuro, porque são memórias adquiridas pelo nosso inconsciente.


Quanto mais avançamos no conhecimento e na soma da memória olfativa, mais temos possibilidade de perceber nos vinhos, o que cada aroma representa e assim podermos definir boa parte da sua complexidade. A Daniella Romano, dos Aromas do Vinho, se preocupa com isso. Agrupa nas caixas de aromas, os “cheiros” e define cada um deles, de forma ordenada e bem explicada. São na verdade pequenos frascos olfativos utilizados para “treinar” nossa percepção.



Além daqueles que convencionalmente chamamos de referências olfativas, ligadas ás frutas, e seus aromas primários, há os ligados aos aromas de envelhecimento (passagem em barricas de carvalho), como os de chocolate, de baunilha e caramelo, entre outros.


E neste universo enorme de possibilidades, Daniella também desenvolveu caixas de aromas com os “Defeitos do Vinho”, oxidação e vários outros. Além de caixas de aroma de cerveja, whisky, cachaça, entre outros vários materiais de referência, treino e aprendizado.


Há ainda o trabalho feito com cartas em braile, para os deficientes visuais e o Grupo “Ver o Vinho”, grupo formado por deficientes visuais que se reúne para o aprendizado com as orientações da Daniella.


 texto de Almir dos Anjos

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